"Nessas 24 perguntas, vocês encontrarão o assunto que cairá
na prova. Respondam, estudem e se aprofundem". Essas foram palavras
do Professor Rodrigo Remígio na aula que antecedia a prova de Introdução ao
Direito. Devo dizer que prestei atenção às respostas que ele deu à
maioria daquelas perguntas, no entanto optei por reler todo o assunto e me
abraçar com três livros indicados pela ementa da FACIPE, além de navegar por
alguns sites bem didáticos. O professor é visto como um profissional
dedicado, competente e bastante exigente. Nesses dois meses o que percebi é que
ele é extremamente inteligente, chegando a ser erudito. No dia da avaliação,
esqueci o que acontecia no mundo e gastei manhã e tarde tentando dirimir as dúvidas
(quando o assunto é profundo e nos interessa, para cada dúvida eliminada surgem
pelo menos mais duas), de vez em quando ouvia o sinal de e-mail e quando parava
para tomar café com leite, aproveitava para conferir. Recebi 12 questionários
respondidos. Amigos que queriam compartilhar o que acreditavam iria ser a
prova.
O interessante: 12 e-mails originados de um único colega. As
mesmas respostas. Só por volta das 17 horas li analisando as respostas.
Discordei de algumas e preferi acreditar que as minhas estavam certas.
Ainda assim fui para a prova só com a minha agenda e os assuntos se
atropelando dentro da minha cabeça. Eu pensava: “DE MODO ALGUM O PROFESSOR VAI
FAZER UMA PROVA COM ALGUMAS DAQUELAS PERGUNTAS! ELE DISSE QUE A GENTE DEVERIA
ESTUDAR E SE APROFUNDAR!" Bem, o professor aplicou oito provas diferentes,
em cada uma ele colocou três perguntas que faziam parte daquele questionário.
Comentário unânime após a prova: O PROFESSOR FOI UM PAI! Ao
entregar as notas e comentar as provas o professor perdeu o posto de pai e
alguns futuros agentes do direito o condenaram: COMO ELE NÃO ACEITOU A MINHA
RESPOSTA? ELE MANDOU ESTUDAR PELO QUESTIONÁRIO!”
Quando o professor
disse "estudem e se aprofundem”, deu um conselho que subjaz a qualquer ajuda
explícita. Ficou subentendido que a ajuda dada na elaboração das
perguntas serviria como um caminho e não como um fim. Conviver com pessoas
inteligentes exige que nos tornemos seus semelhantes.
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